quarta-feira, 11 de junho de 2008
Organizadores e alunos fazem balanço da 18ª Semana da Imprensa
200 anos de Imprensa brasileira, 200 anos de profissionais empenhados em prol da democracia da informação. Para celebrar essa data significativa, a Associação de Imprensa Campista - AIC promoveu, entre os dias 26 de maio a 1° de junho, a 18º Semana da Imprensa, porém, não foi muito correspondida pelos próprios profissionais da área.
“Promover a aproximação de estudantes de comunicação foi o que cumpriu a 18° Semana da Imprensa, no entanto, poucos jornalistas estiveram presentes no evento ”, declarou o presidente da Associação de Imprensa Campista- AIC, professor Orávio de Campos.
De acordo com Orávio, a imprensa campista posicionou-se indiferente quanto à divulgação do evento, pois não foram publicadas as matérias sobre a Semana, apenas “notas”, o que “mostra a falta de consciência social-política e de organização”.
Dentre as palestras do evento, as que mais se destacaram, pela lotação do auditório da Faculdade de Odontologia de Campos, onde aconteceram foram Blogues como imprensa paralela e jornalismo Campista em crise.
“A palestra do Blogues como imprensa paralela foi bem esclarecedora para todos, pois os palestrantes foram muitos felizes em suas exposições”, ressaltou Orávio de Campos.
Mesmo com o resultado negativo da Semana da Imprensa, devido à ausência dos profissionais de comunicação, o professor, vice-presidente da AIC e um dos organizadores do evento, Vitor Menezes, destacou os melhores momentos.
“Jornalismo Campista em Tempo de crise foi uma das palestras que mais obteve um maior público de estudantes de comunicação do que de jornalistas, e isso é preocupante, pois é indispensável a participação dos mesmos para somatório de reflexões do exercício da imprensa e seus reflexos na sociedade no âmbito regional”, ressaltou Menezes.
Menezes disse, ainda, que, para marcar ainda mais os 200 anos da imprensa, outros temas poderiam ter sido discutidos, como por exemplo, os 200 anos do Monitor Campista, o terceiro jornal mais velho do país.
Para o estudante Comunicação do 1° período, Gabriel Pilar, em sua avaliação, o evento foi de extrema relevância tanto para o meio acadêmico como a sociedade campista como um todo.
“A palestra de blogues como imprensa paralela foi a que mais me interessou, por ser um novo meio de comunicação, e, também porque vem sendo muito utilizado, aqui, em Campos, por profissionais e estudantes”.
Para Ciro Mariano, também estudante de comunicação, a semana da imprensa apresentou pontos positivos e negativos.
“O ponto positivo foi que o evento reuniu palestrantes que trabalham em ramos diferentes da comunicação, interagindo, assim, com diferentes ambientes da sociedade, e apresentando seus pontos de vista quanto às questões atuais e passadas. Em se tratando do ponto negativo, refiro-me aos tópicos abordados por alguns palestrantes, que se mostram inconsistentes”, disse Ciro mariano.
A AIC é uma instituição que não tem mais espaço nas relações sócio-políticas campistas. Possui poucos jornalistas associados ao órgão e tem passado por dificuldades financeiras. A 18º Semana da Imprensa é uma iniciativa dos novos gestores para a retomada desse espaço.
terça-feira, 10 de junho de 2008
Jornalismo Etílico / 18ª Semana da Imprensa - Campos-RJ
A noite do Jornalismo Etílico, que fazia parte da programação da 18ª Semana da Imprensa, aconteceu na Taberna Don Tutti, no Parque Alzira Vargas, no dia 30 de maio.
Com um ambiente agradável, jornalistas e amigos se reuniram em uma noite fria para celebrar os 200 anos da imprensa brasileira e expor trabalhos locais. Músicas dos anos 70 e 80 foram relembradas com discos de vinis, onde o repertório variava entre Engenheiros do Hawaii, Raul Seixas, Paralamas do Sucesso e grandes nomes da música.
Estava programada para a noite uma apresentação dos Mutáveis Saralho Band, banda local que tem como principal característica, a reprodução de trabalhos literários através de uma leitura em voz alta, no entanto os ponteiros marcavam 3h da madurgada e o espetáculo ainda não havia começado.
A expectativa de público para o evento não foi atingida, porém, o frio não intimidou a animação dos poucos que lá estavam presentes.
O Professor Victor Menezes e o organizador da Noite do Vinil, Wellington Cordeiro falaram um pouco sobre o evento. Confira!
terça-feira, 3 de junho de 2008
Exposição de fotojornalismo fica na AIC até o fim de junho


Por Monique Virgíolio, Roberta Barcelos e Renata Guimarães, do 5º período de Jornalismo da FAFIC
Teve início dia 26 de maio e ficará aberta durante todo o mês de junho a exposição de fotos da Casa da Fotografia, parte da programação da 18º Semana de Imprensa, que aconteceu em Campos de 26 de maio a 1 junho, em comemoração aos 200 anos da Imprensa no Brasil. A exposição acontece no hall da Associação de Imprensa Campista (AIC) e tem entrada franca.
A exposição é composta de fotos jornalísticas que mostram violência, miséria, natureza, ação. As fotos revelam caráter policial, social e cultural de uma cidade, sob as lentes de repórteres-fotográficos atuantes na imprensa local.
“Eu sou fotojornalista por formação. Na fotografia de fotojornalismo você está sempre trabalhando com ação. Eu converso com as imagens, elas falam pra mim o que elas querem e eu vou lá e faço a foto, mas, é claro, que é preciso ter sorte também”, esclarece Aluízio Di Donato, uns dos fotógrafos participantes do evento.
Ao todo são 51 fotos expostas na AIC, com autoria de fotógrafos renomados da região, entre eles Roberto Jóia, Ricardo Avelino, Wellington Cordeiro e o próprio Aluízio Di Donato.
O zelador Josevanir Pinto foi prestigiar o evento. “É a primeira vez que vou a uma exposição de fotos. Percebi nelas a verdade do cotidiano sendo apresentada por fotógrafos da nossa terra que eram desconhecidos por mim”, disse ele.
A Associação de Imprensa Campista têm como presidente Orávio de Campos e como vice Vítor Menezes, ambos também professores da Faculdade de Filosofia de CAmpos. Segundo Menezes, a semana correspondeu às expectativas dos organizadores e exposição de fotojornalismo foi uma iniciativa bem-sucedida. “Eu já conhecia a exposição e fico admirado pela sua expressão artística que nos provoca incomodo, desconforto, nos tira do olhar viciado”, opinou.
Menezes lamentou, entretanto, que a Semana da Imprensa foi pouco divulgada. “A AIC sobrevive a duras penas e conta apenas com mídia espontânea e, assim, não consegue atingir muita gente.”
Palestrante critica imprensa que esconde fatos

Por Thaís Bereta e Nícholas Sampaio, 5º período de Jornalismo da FAFIC
No último sábado, as pessoas que não conseguem se ver longe dos livros — e da cultura, de uma forma geral —, puderam conferir a abertura da V Bienal do Livro de Campos. No espaço da Fundação Rural, aglomeraram-se públicos diversos, como vêm acontecendo nos primeiros dias da feira literária. Embora a presença do escritor Carlos Heitor Cony (que daria uma palestra no primeiro dia) tenha sido desmarcada, outros nomes figuram na programação do evento.
No domingo, por exemplo, quem pegou o microfone no espaço do Café Literário foi o escritor e jurista João Luiz Duboc Pinaud, para falar de “Imprensa, poder e sociedade”. No mês em que se comemora o Dia Nacional da Liberdade de Imprensa, Pinaud fez jus ao título de sua palestra: falou dos fatos que não são televisionados, numa crítica à imprensa alimentadora das elites. Do debate, participaram os professores e membros da Academia Campista de Letras Orávio de Campos e Fernando da Silveira.
Logo no começo da palestra, o escritor alertou a platéia: “Sou um militante de esquerda”, foram as suas palavras. E foi com essa idéia, com esse fio condutor, que Pinaud comandou o debate. O niteroiense autor de “Tempo de Família” (1985), citou, por exemplo, fatos que acontecem no Haiti e que caem no desconhecimento do público.
— Que imprensa livre é essa que não mostra o que acontece no Haiti, onde matam-se pessoas que tenham mais de um metro e sessenta? — indagou (-se) Pinaud, relatando ainda um episódio que vivenciou no Rio de Janeiro. “Fui num morro para checar as denúncias feitas contra o Caveirão. Isso às oito da manhã. Me encostei-se ao balcão de um estabelecimento e a atendente pediu para que eu me afastasse. Quando olhei, o balcão estava cheio de furos de bala. E a jovem me disse que, às seis horas, o carro blindado havia passado por ali e metralhado todo mundo”.
Esse episódio, de acordo com Pinaud, é só um dos muitos que acontecem no Brasil e no mundo que não são relatados, que não chegam ao conhecimento do povo.
— Você não fica sabendo das atrocidades que estão sendo feitas. Você não sabe das mães no Haiti que, não tendo o que dar de comer aos filhos, os alimentam com terra envolta e frita em gordura. Ninguém fica sabendo disso. Não há imprensa alternativa para denunciar. Imagine se a imprensa local, de cada lugar, pudesse noticiar esses fatos! Algumas pessoas acham os meios alternativos uma carrocinha em meio a uma autopista. Mas é uma carrocinha numa autopista! — defendeu o palestrante, confirmando sua visão política já anunciada no início da palestra e arrancando aplausos incessantes da platéia.
Nacionalismo, coronelismo e críticas ao neoliberalismo foram aspectos componentes do debate. E foi a imprensa envolta (e inserida) nesses “ismos” o tema central das discussões. Pinaud apontou a Internet como alternativa à não-popularização dos fatos, através dos blogs e páginas de conteúdo livre, o que ele classifica como “um subsistema contra o poder”. E sintetizou, emocionado:
— No mundo contemporâneo, essa é a luta — a de fazer algo que o poder central seja contra. Todo exercício de liberdade encontra, do outro lado, a opressão. A imprensa livre é a imprensa que está ao lado do povo.
segunda-feira, 2 de junho de 2008
18ª Semana da Imprensa
O pesquisador através das imagens mostra as diversas modificações que aconteceram em Campos ao decorrer dos anos, que acarretou na degradação do patrimônio histórico. A partir daí a palestra começou a perder o foco central, pois o professor deixa de falar sobre o patrimônio histórico e começa contar a história de Campos, e também da fotografia desde sua chegada ao Brasil, explicando alguns processos e também a técnica utilizada.
Ele comenta que as ruas do centro da cidade tiveram que sofrer grandes modificações para se adaptar aos avanços da sociedade, até ai o tema estava sendo tratado corretamente, mas depois ele começa a contar a história e não explicar as modificações que ocorreram.
Após palestra foi aberto o espaço para o debate, onde nenhuma pergunta tinha haver com tema da palestra. O público presente fizeram perguntas pessoais ao pesquisador e também sobre a história do Barão da Lagoa dourado e do Liceu.
Isso mostra que a palestra de uma forma geral fugiu muito do tema e acabou caindo mais para questão histórica da cidade. O professor mostrou ser um grande conhecedor do tema e também da história tanto da cidade como da fotografia, e devido a esta gama de conhecimentos acabou se perdendo a direção da palestra.
Mas apesar disso as pessoas que estiveram presentes no hall do Liceu podem até não ter aprendido muito sobre o patrimônio histórico, porém obtiveram outros ensinamentos muito importantes sobre a história, através de explicações sustentadas por imagens antigas ajudaram bastante no entendimento do público.
domingo, 1 de junho de 2008
Análise crítica do debate: Jornalismo Campista em tempo de crise.
Liberdade de expressão significa a possibilidade de exteriorizar o pensamento, uma idéia formulada sob determinado assunto. Porém ela esbarra na visão de mundo de quem a produz, já que vem pontuada de conceitos, pré-conceitos, cultura, ou seja, todos os agentes diretos e indiretos que de alguma forma interferiram na formação dessa pessoa. É difícil escrever algo, sem passar pelo crivo das nossas experiências pessoais, de nossa visão de mundo. Daí o perigo das informações tendenciosas, formativas de opiniões.
Dispomos de uma certa liberdade para discutirmos assuntos polêmicos, dentro de escolas e universidades, por exemplo e isso é muito bom. Destacamos um ponto importante onde percebemos que a imprensa nunca a discute, ela nunca fala de si própria. Um jornal tem que ter responsabilidade social, não pode ser uma empresa qualquer. Precisamos destacar também a necessidade de existir a ética no jornalismo, que podemos denominar como o que é bom para o indivíduo e para a sociedade, contribuindo para estabelecer a natureza de deveres no relacionamento indivíduo – sociedade.
Dessa maneira posso concluir que na minha opinião não só o jornalismo campista vive um tempo de crise, mas sim faltam aspectos importantes não só nos jornais, mas na imprensa de um modo geral, como a ética. Precisamos distinguir o certo do errado, e isso nem sempre é fácil, pois como um meio influente, e formador de opinião, a imprensa, de um modo geral, deve sempre se comprometer com a verdade.
Postado por Júlia Ladeira Vieira - 1º Período de Comunicação Social - Fafic/Uniflu
sábado, 31 de maio de 2008
Blogues: a imprensa paralela a velocidade de uma postagem
“Espaço democrático que permite a interação em tempo real”, declarou o professor Renato Barreto, ao justificar a utilização do blogue como novo meio de expressão jornalística. Barreto foi um dos convidados para a mesa redonda “Blogue como imprensa paralela”, no auditório Alair Ferreira, na Faculdade de Odontologia de Campos.
O evento faz parte da 18ª Semana da Imprensa, realizada pela Associação de Imprensa Campista (AIC). A mesa contou, na quinta-feira, dia 29, com a participação dos professores “blogueiros” Roberto Moraes, Renato Barreto, Fábio Siqueira e Vítor Longo Brás.
O modo democrático e interativo proporcionado pelos blogues foi bastante ressaltado pelos participantes. O blogue tornou-se uma ferramenta importante e até em alguns casos fundamental para vários segmentos sociais, principalmente a política.
Considerando ser a internet e, conseqüentemente, os blogues fontes de informação, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) divulgou nesta quinta-feira (29) uma nova portaria, que modifica a publicada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nº 22.718/08, que permite a utilização de blogues em campanhas eleitorais por considerar uma aproximação e interatividade entre os candidatos com seus eleitores.
Blogue X Jornal – A velocidade da informação aliada aos comentários, “postagens”, fizeram que alguns alunos questionassem os blogues como “ameaça” aos jornais. Segundo o professor Roberto Moraes, esta é uma nova etapa para o jornalismo: “Os blogues não são ameaça, mas vêm complementar os outros meios de comunicação, trazendo, de fato, a interatividade sobre diversos assuntos. A interatividade é tamanha que diversos meios de comunicação, cada um ao seu modo, utilizam destes meios para se comunicar com o seu público”, complementou Moraes.
Os blogueiros utilizam a internet, modo de expressão aberto, para “postar” livremente suas idéias. Entretanto, segundo os integrantes da mesa, a responsabilidade deve existir, como em qualquer outro meio de comunicação. “O jornalista tem a possibilidade de demonstrar suas idéias abertamente. Acredito que, com mais desenvoltura do que preso em meio a redação de um jornal, no blogue ele pode dizer o que realmente pensa sem repreensão”, afirmou Renato Barreto.
Universo de blogueiros – A quantidade de blogues cresceu em ritmo espantoso. Em 1999, o número de blogues era estimado em menos de cinqüenta; no final de 2000, a estimativa era de poucos milhares. Menos de três anos depois, os números saltaram para algo em torno de 2,5 a 4 milhões. Atualmente existem cerca de 70 milhões de blogues e cerca de 120 mil são criados diariamente, de acordo com o estudo State of Blogosphere.
Diante de tantos adeptos a esta nova mania, dia 31 de agosto foi escolhido como o Dia do Blogue.
Semana da imprensa discute "Blogs como Imprensa Paralela"


Por Lívia Nunes, 5º período de Jornalismo da FAFIC
Faz tempo que o mundo quer matar os jornais e cada vez que um novo veículo de comunicação surge, a morte é anunciada. O rádio não conseguiu, a televisão também não. Seria a internet um maior vilão, ou os blogs se transformariam em uma imprensa paralela? O tema foi discutido ontem pelos blogueiros Roberto Moraes, Fábio Siqueira, Renato Barreto e Vitor Longo Brás, na quinta-feira, dia 29 de maio, quarto dia da 18ª Semana de Imprensa. O debate aconteceu no auditório Alair Ferreira, da Faculdade de Odontologia de Campos, sob a moderação da professora Valéria Machado.
No ano passado, o site especializado em buscas Technorati publicou pesquisa informando que havia 70,6 milhões de blogs ativos no mundo e que 175 mil novos diários virtuais eram criados por dia. 1,6 milhões de blogs eram atualizados diariamente, uma média de 18 atualizações por segundo. Com tanta gente se expressando na internet de forma livre, surgiram os blogs noticiosos, que ganham cada vez mais espaço. Para os blogueiros, a grande marca deixada por essa novidade é a democratização da informação.
— Nem toda a população tem acesso à internet, mas, ainda assim, ela é mais democrática do que os outros veículos de informação. O custo para se criar um blog é mínimo. O Fábio Siqueira e o Vitor escreviam como articulistas no meu blog e eu os incentivava a criar seus próprios blogs. Assim, aumenta-se a rede, e eles trazem suas próprias tribos. A internet está aberta a todos, e nos blogs o leitor interage através de seus comentários com o autor — disse Roberto Moraes.
Roubando espaço, pautando os jornais tradicionais, os diários virtuais ganham repercussão. Eles surgiram nos Estados Unidos em 1997 e, hoje, são também muito usados por jornalistas.
— Publicamos notícias, mas temos nossos empregos, nossas obrigações. Não podemos nos dedicar integralmente a isso. Eu acho que os blogs noticiosos poderiam ser algo que concorresse com a mídia tradicional. Mas, para isso, seria necessária uma estrutura que se assemelhasse a de uma redação de jornal — opinou Fábio Siqueira.
Campos, com seu histórico de eleições conturbadas, compras de votos, boca de urna, processos e mais processos, ainda cria expectativas sobre o efeito que os blogs terão nas próximas eleições. No entanto, os blogueiros convidados, de antemão, já revelaram não se considerarem formadores de opinião. “A população já formulou suas opiniões há muito tempo, independentemente do que vão dizer os blogs”, finalizou Renato Barreto.
Um Futuro Sem Crise?
A 18ª Semana de Imprensa levou para o auditório Alair Ferreira, na Faculdade de Odontologia de Campos, na noite da última terça-feira, professores e jornalistas a debater o tema “Jornalismo Campista em Tempos de Crise”.
O evento foi promovido pelo curso de Comunicação Social, da Faculdade de Filosofia de Campos, tendo como intuito discutir a atual situação da imprensa.
“A verdade e a liberdade depende da cultura que nos foi passada, porém, não sabemos se ela é realmente verdadeira”, alerta o polêmico jornalista Avelino Ferreira aos atuais e futuros profissionais da área.
A jornalista Jacqueline Deolindo citou que está respondendo a um processo em função de ter publicado uma matéria dita “precoce campanha eleitoral”, o que confirma a afirmação de Avelino. Vemos o que nossa cultura nos permite enxergar.
— Vivemos em uma democracia ideológica, segundo a constituição, temos a liberdade de expressão, porém não é possível alcançar a verdade de maneira individual, antes ela tem que ser aprovada por um grupo, por isso a sociedade nunca saberá a verdade e também não alcançará o conhecimento — justifica Jacqueline.
Esta questão levou o debate para o lado da ética na profissão. Vitor Menezes, também professor de jornalismo, ressaltou o esquecimento do código de ética. “Ele deveria estar mais presente nas redações” disse, enfatizando que esta é uma das causas da crise do jornalismo campista.
Por outro lado, o mestre e presidente da Associação da Imprensa Campista, Orávio de Campos, acredita que esta crise pode ser vista como algo positivo. “Ela indica reformulação, faz crescer, forma novos jornalistas para um novo jornalismo. Porque o melhor jornalismo é aquele que vamos construir” defende Orávio.
Com um início tímido, o debate ganhou voz quando Avelino Ferreira começou a relembrar dificuldades que enfrentou por sempre falar o que pensa, independente da linha editorial do veículo onde trabalhava.
Seguiu aquecido com as inúmeras “aventuras” — nem sempre bem sucedidas — que os debatedores relataram, um foi preso, outro responde processo criminal e a outra, ainda novata no “clube dos processados”, administrativo.
Os alunos se encorajaram diante do que ouviram e também se manifestaram através de perguntas. Esta troca de informação estreitou as relações entre emissor e receptor, fato que fez valer a pena a noite do evento e alcançar o objetivo pretendido com o tema abordado: Futuros profissionais mais atentos e quem sabe não colaboradores da crise daqui pra frente!
quinta-feira, 29 de maio de 2008
Jornalismo Campista em Tempos de Crise
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Evento: 18ª Semana de Imprensa
Local: Auditório Alair Ferreira, na Faculdade de Odontologia de Campos
Data: terça-feira (27/05/2008)
Tema em discussão: "Jornalismo Campista em Tempos de Crise", com mesa mediada pelo Prof. Ms. Orávio de Campos Soares, tendo como debatedores os jornalistas Avelino Ferreira, Vitor Menezes, Jacqueline Deolindo e Fernando da Silveira, com participação de alunos e professores do Curso de Comunicação Social do Centro Universitário Fluminense-UNIFLU/ Faculdade de Filosofia de Campos- FAFIC.
Assuntos abordados: liberdade de expressão: concretude ou abstracionismo; a busca por uma ética jornalística e o direito de opinar do jornalista e como fazê-lo.
Debate morno, aberto pelo mediador Mestre em Comunicação Orávio de Campos Soares, que afiançou que o novo jornalismo ainda estar por vir e que cabe a nós estudantes criarmos uma nova maneira de fazermos jornalismo.
O polêmico jornalista e filósofo Avelino Ferreira provocou os futuros jornalistas que, para ele, não podem cobrar sobre liberdade de informação porque não valorizam os veículos que questionam o status quo. Ferreira citou o exemplo da revista Bundas, sátira da revista Caras editada por Ziraldo e Jaguar, entre outros e que saiu de circulação por não ter leitores suficientes para sustentar a publicação.
Por sua vez, a professora e jornalista Jacqueline Deolindo afirmou acreditar na possibilidade de uma imprensa livre, que para ela é "concreta como um dia após o outro". Deolindo falou também do processo que vai responder em Itaperuna por ter publicado uma entrevista desfavorável à uma autoridade local. Já o professor e jornalista Vitor Menezes sacou um livreto e leu alguns trechos do código de ética dos jornalistas.
Perguntado sobre qual seria o principal inimigo do jornalista, Ferreira sacramentou: "é o salário, que não permite que o jornalista viva só do jornalismo, fazendo com que ele tenha de se empregar em outra empresa, o que compromete sua tomada de posição". Ainda sobre linha política, Deolindo defendeu a adesão à uma causa por parte do jornalista, enquanto o jornalista e advogado Fernando da Silveira fez coro com uma aluna que disse ser a favor da opinião nas entrelinhas.
Ao final das digressões, românticos e realistas fingiram se entender.
7º Período de Jornalismo da Faculdade de Filosofia de Campos
Jornalista, não; blogueiros, sim: formadores de opinião, sempre
Dentro da programação da 18ª Semana da Imprensa, o curso de Comunicação Social da Faculdade de Filosofia de Campos, juntamente com a Associação de Imprensa Campista, promoveu um debate com os maiores “blogueiros” de campos. Sobre os olhares dos alunos dos mais variados períodos do curso de comunicação social, Roberto Moraes, Renato Barreto, Fábio Siqueira e Vítor Longo Brás conversaram e explanaram por cerca de duas horas sobre o universo jornalista existente em cada um de seus blogs.
Dentre os vários temas comentados e analisados, o que mais chamou a atenção foi a democracia e a interatividade existente nesse rápido meio de comunicação, onde, segundo os blogueiros, uma nova comunicação é feita de modo fácil e aberto para todo tipo de leitor.
Outra questão levantada foi a rapidez com que a notícia é passada, já que, nos dias de hoje, a ferramenta internet é horas mais rápida que jornal, ou até mesmo a tv.
“Acredito que estamos a um passo da edificação de um meio mais rápido de comunicação”, ressaltou Renato Barreto, um dos blogueiros mais famosos de Campos. Essa afirmação encontra respaldo no fato de que vários meios de comunicação demassa já disponibilizam dentro de seus sites um espaço reservado a blogs. “Os blogs, em um futuro próximo, tomarão um lugar de merecido destaque entre os meios de comunicação”, completou.
Fotos e comentários da abertura do evento
quarta-feira, 28 de maio de 2008
Na abertura da 18º Semana da Imprensa, mesa e estudantes de jornalismo debatem sobre liberdade de expressão


Por Lívia Nunes e Silvana Venâncio, do 5º período de Jornalismo da FAFIC
“Na realidade, em relação a esses nossos companheiros, não nos cabe aqui imaginar a causa que os levaram a não estar aqui conosco nesta noite”, disse o presidente da Associação de Imprensa Campista (AIC), Orávio de Campos. O jornalista se referia a três integrantes de jornais locais, convidados para o debate “Jornalismo Campista em Tempo de Crise – Ética e Liberdade de Expressão”, mas que não estiveram presentes.
Fazendo parte da 18ª semana de Imprensa, no auditório Alair Ferreira, na Faculdade de Odontologia de Campos, a mesa do debate passou por uma alteração de última hora, passando a contar com os jornalistas Avelino Ferreira, Jacqueline Deolindo, Vitor Menezes e Fernando da Silveira, sob a moderação de Orávio de Campos.
Por que não te calas? - Sob as lembranças da Ditadura Militar que restringiu de forma brutal a liberdade de expressão no Brasil, ficou clara a indignação dos debatedores por ainda hoje haver quem queira fazer calar a imprensa. As discussões sobre o assunto são recorrentes. Avelino Ferreira aproveitou a noite para relembrar quantas vezes foi dispensado de veículos de comunicação por falar o que o público não poderia ouvir, na opinião de membros influentes da elite econômica e política regional. Ainda assim, abriu o debate questionando o que é a liberdade, que tanto se quer.
— Nós, jornalistas, vamos para o jornal e aprendemos a escrever, aprendemos a técnica. Somos apenas técnicos, como um pedreiro, um ajudante de pedreiro. O conhecimento faria a diferença, e só se tem conhecimento lendo, observando, relendo. Requer muito trabalho, mas nós não queremos, só queremos a informação. Nossa análise dos fatos é pequena porque, quanto menos conhecemos, pior analisamos, pior nos expressamos e, então, não se pode falar com propriedade sobre liberdade de expressão — alfinetando alguns companheiros de profissão e estudantes.
Isenção x engajamento - Até onde vai a necessidade de isenção do jornalista na hora de escrever uma matéria e até onde se vendem e se prostituem os profissionais da informação? O que diz o Código de Ética do Jornalista Brasileiro? O que pensam os estudantes? Questões levantadas.
— Todo jornalista quando procura o primeiro emprego quer escrever o que pensa. Mas, quando ele chega ao jornal, vê que existe uma pauta, uma linha editorial a ser seguida e assim, nossos sonhos vão sendo embolsados para um momento mais propício — comentou Jacqueline Deolindo, quebrando as ilusões de muitos estudantes que ouviam o que dizia.
Atualmente, Campos possui três jornais significativos em circulação. Cada um com sua linha editorial. Fica fácil perceber ou imaginar qual será a manchete de cada um sobre o mesmo fato na manhã seguinte. Os debatedores comentaram a sorte de existirem esses três jornais para debater entre si, ao invés de, como acontece em outros municípios, existir apenas um veículo de informação que dite a suposta verdade.
A participação de investimentos empresariais nos lucros dos jornais formando parcerias também gerou dúvidas sobre a ética e liberdade de expressão dos jornais.
— O problema da imprensa não é ter opinião. Na verdade, opinião e imprensa sempre caminharam juntas e eu acho que quanto mais transparente for a imprensa a respeito do que ela pensa e sobre como se posiciona diante dos fatos, melhor. O problema é você usar os mecanismos da comunicação, muitas vezes manipulado por essa falsa condição de independência, para levar as pessoas a acreditarem em uma imparcialidade que não existe. No caso específico da ligação com as empresas, é que o caso não chega nem sequer nesse nível de discussão, de questão ideológica, nem isso. A questão é pura e simples o dinheiro — afirmou Vitor Menezes.
terça-feira, 27 de maio de 2008
Liberdade e ética em discussão


Por Alysson Nogueira, Ana Carolina, Rosana Acruche, 5º período de Jornalismo
O curso de Comunicação Social da Faculdade de Filosofia de Campos em parceria com a Associação de Imprensa Campista realizou a 18º Semana da Imprensa em comemoração aos 200 anos da historia da imprensa brasileira. O tema debatido na última terça-feira (7/05) foi "O jornalismo campista em tempos de crise" contou com a participação dos jornalistas Avelino Ferreira, Vitor Menezes, Jacqueline Deolindo e Orávio de Campos.
Os estudantes do curso de comunicação participaram do evento realizado no auditório Alair Ferreira que fica no prédio da faculdade de Odontologia de Campos. A principal discussão foi ética e liberdade de imprensa. Avelino Ferreira intitulou o evento como "Um debate oportuno" para a informação e formação dos futuros comunicadores que ali estavam. "A imprensa não gosta de discutir a sua qualidade. A sociedade não tem acesso a esse tipo de informação.
Um debate sobre a própria imprensa é negado por ela", disse Vitor Menezes ao citar trechos do Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros. Os debatedores citaram as dificuldades encontradas por um jornalista que tem basicamente a função de informar e levar conhecimento para a sociedade. A falta de liberdade de expressão e a ligação direta entre política e informação, foram os pontos fortes do debate que citou também as duas linhas editorias que vigoram hoje em nossa cidade como um exemplo do exercício da liberdade de imprensa.
Ao contar casos ocorridos nas décadas de profissão, Avelino relatou o tamanho da dificuldade encontrada por um jornalista que preza por dizer a verdade. "Fui proibido de entrar em diversos lugares. Fui demitido do jornal A Cidade por telefone!".
Uma das frases marcantes ditas no decorrer do evento, ficou por conta de Jacqueline Deolindo "Nem toda a verdade é boa para ser dita! Devemos ter bom senso.Toda verdade é plural! Só há verdade se houver uma envergadura de discursos. Cabe a nós sermos profissionais autônomos ou engajados numa determinada causa?".
"O melhor jornalismo é aquele que nós profissionais vamos construir!" disse Orávio de Campos ao final do debate para os alunos que ali estavam.
Os alunos que também tiveram a oportunidade de expor suas idéias e fazer suas perguntas descreveram o evento como de suma importância para a formação do jornalista.
"Temos que aprender a lidar com a questão da ética. Essa é a hora de aprendermos o que há de melhor no meio jornalístico para colocarmos em prática num futuro próximo e fazermos a diferença," disse Josenir Nunes, estudante do quinto período de Jornalismo.
segunda-feira, 26 de maio de 2008
Programação da 18ª Semana da Imprensa
Tema: Exposição de Fotos da Casa da Fotografia
Local: Hall da Associação de Imprensa Campista
Hora: a partir das 19h
Dia 27 de maio – 3ª feira
o 19:30 – Debate: “Jornalismo campista em tempo de crise”
o Local: Auditório da Odontologia
o Moderador: Avelino Ferreira
o Debatedores:
- Ricardo André Vasconcelos
- Paulo Renato Porto
- Vitor Menezes (Professor do Curso de Jornalismo da FAFIC)
- Rodrigo Gonçalves
Dia 28 de maio – 4ª feira
19:30 – Conferência: “O espaço público e o patrimônio histórico”
Local: Auditório do Liceu
Conferencista: Leonardo VasconcelosApresentação: Fernando da Silveira
Dia 29 de maio – 5ª feira
19:30 – Mesa Redonda: Blogs como imprensa paralela
Local: Auditório da Odontologia
o Participantes:
- Roberto Moraes
- Renato Barreto
- Fábio Siqueira
- Vitor Longo Brás
Apresentação: Valéria Machado
Dia 30 de maio – 6ª feira
22h – Noite Etílico-Jornalística
Local: Taberna Dom Tutti – rua Antonio Alves Cordeiro, 13 (Antiga rua das Palmeiras)
Participantes: Turma do Vinil, Mutável Saralho Band e Autores Campistas.
Dia 31 de Maio – Sábado – Largo da Imprensa e Bienal do Livro de Campos
10h – Café no Monte Líbano
Local: Largo da Imprensa (Calçadão)
18h – Palestra “Comunicação Empresarial”
Palestrante: Lincoln Weinhardt (Gerente CSI UNBC/Petrobrás) / Apresentação: Professora Fabiana da Silva Pinto.
Local – Café Literário da V Bienal do Livro - Fundação Rural de Campos
Dia 01 de Junho - Domingo – Bienal do Livro de Campos
18h: Lançamento de Livros dos jornalistas Vitor Menezes, Herbson Freitas, Antônio Nunes dos Santos, João Noronha e Carlos AA de Sá.
20h: Palestra: Imprensa, poder e sociedade - João Luiz Duboc Pinaud (escritor e jurista)
Debatedores: Jornalistas Fernando da Silveira e Orávio de Campos Soares.
Local – Café Literário da V Bienal do Livro - Fundação Rural de Campos