por Carla Viana, Felipe Nunes, Marise Souza, Gisele Pessanha, Dyana Ribeiro, Derval Ribeiro e Monique Chaves do 7º Período Jornalismo do UNIFLU/FAFIC.
A palestra sobre “Blogs como imprensa paralela” que faz parte da 18º Semana da Imprensa, realizada pelo Curso de Comunicação Social em conjunto com a Academia de Imprensa Campista (AIC), reuniu grandes figuras da cidade de Campos dos Goytacazes, como Roberto Moraes, Fábio Siqueira, Vitor Longo e Renato Barreto na última quinta-feira, 29 de Maio.
O blog, atualmente é uma ferramenta considerada de alta relevância para democratização da informação, pela sua fácil acessibilidade e baixo custo tanto para os que escrevem como para os que lêem. Também inundou a rede de computadores e trouxe para os meios de comunicação a idéia de que serão fortes agentes de transformação midiática nos próximos anos. A partir desta concepção, o debate tomou uma dimensão de abordar pontos positivos que esta ferramenta proporciona.
Roberto Moraes, que é professor e blogueiro, descreveu, assim como os outros participantes do debate, sobre como se sucedeu a sua experiência neste campo. Destacou com detalhes que ao optar em abordar temas em seu blog de grande interesse público, o seu conhecimento com outras pessoas aumentou a cada dia. No começo, Moraes pontua que havia poucas pessoas que acessavam o seu blog. Ao longo tempo, a cultura de ler blog’s no Brasil avançou e com isso, atualmente, Roberto Moraes ganhou numerosos acessos. Além disso, esta ferramenta tem algo diferente, porque oferece ao leitor a oportunidade de opinar ou comentar sobre o assunto que está sendo tratado, interferindo diretamente na notícia. Isso se dá por meio de um simples link que são os “comentários”.
O olhar atento da platéia provocou nos debatedores uma vontade de realmente expressar o que estava na mente e no coração de quem sabe fazer blogs. E numa visão sociológica sobre a interação entre blogueiro e leitor, Renato Barreto supera o pensamento do momento e leva a imaginar a ferramenta como uma nova produção da notícia, mesmo com a presença dos meios tradicionais. Características como: facilidade com que o blogs disponibilizou para aumentar o número de adeptos, a notícia sendo entregue no mesmo patamar entre emissor & receptor, e vice-versa, além da velocidade com que os fatos são postados foram analisadas profundamente.
Mas essa conversa não parou por aí. O sindicalista Fábio Siqueira, no tempo que lhe foi concedido, relacionou também na sua vida de blogueiro a formação intelectual dele com os esforços em vencer questões relacionadas ao domínio operacional da informática. A opinião do Fábio de que o blog não vai substituir as outras mídias deixou claro de que esta ferramenta, que ainda se legitima, interage diretamente com os veículos de comunicação.
E por último Vitor Longo, profissional da área de Educação Física, num tom bem informal sobre tudo que foi dito conta também a sua experiência como produtor de notícia e aprofunda um debate sobre o posicionamento que os jornalistas de Campos desempenham nos jornais e no espaço onde podem opinar sobre o que escrevem na mídia impressa. Ele fala ainda da sua surpresa em relação à quantidade de acessos a seu blog. Vitor começou a escrever como se fosse um diário e quando se deu conta, eram vários os leitores assíduos.
Foi fácil notar que aqueles que estavam sentados como “emissores” do debate não dominam a fundo técnicas jornalísticas para produção de notícias. Mas um fato chama atenção. São ótimos profissionais preocupados com a responsabilidade de informar e formar quem está sempre lendo. Talvez uma figura que faltou e por várias vezes teve seu nome e o blog citado foi Vitor Menezes. Todos eles vivem de outras atividades e são unânimes na idéia de que fazer blog realmente vicia. A escolha dos debatedores correspondeu ao tema “Blog como imprensa paralela”, pois são essas figuras mesmo de nossa cidade que caminham lado-a-lado à imprensa. Realmente jornalistas e não-jornalistas concordam com a declaração do próprio Roberto Moraes que disse em seu blog que “este assunto ainda vai dar muito que falar”.
Saiba mais!
Ouça os melhores momentos!
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