quarta-feira, 11 de junho de 2008
Organizadores e alunos fazem balanço da 18ª Semana da Imprensa
200 anos de Imprensa brasileira, 200 anos de profissionais empenhados em prol da democracia da informação. Para celebrar essa data significativa, a Associação de Imprensa Campista - AIC promoveu, entre os dias 26 de maio a 1° de junho, a 18º Semana da Imprensa, porém, não foi muito correspondida pelos próprios profissionais da área.
“Promover a aproximação de estudantes de comunicação foi o que cumpriu a 18° Semana da Imprensa, no entanto, poucos jornalistas estiveram presentes no evento ”, declarou o presidente da Associação de Imprensa Campista- AIC, professor Orávio de Campos.
De acordo com Orávio, a imprensa campista posicionou-se indiferente quanto à divulgação do evento, pois não foram publicadas as matérias sobre a Semana, apenas “notas”, o que “mostra a falta de consciência social-política e de organização”.
Dentre as palestras do evento, as que mais se destacaram, pela lotação do auditório da Faculdade de Odontologia de Campos, onde aconteceram foram Blogues como imprensa paralela e jornalismo Campista em crise.
“A palestra do Blogues como imprensa paralela foi bem esclarecedora para todos, pois os palestrantes foram muitos felizes em suas exposições”, ressaltou Orávio de Campos.
Mesmo com o resultado negativo da Semana da Imprensa, devido à ausência dos profissionais de comunicação, o professor, vice-presidente da AIC e um dos organizadores do evento, Vitor Menezes, destacou os melhores momentos.
“Jornalismo Campista em Tempo de crise foi uma das palestras que mais obteve um maior público de estudantes de comunicação do que de jornalistas, e isso é preocupante, pois é indispensável a participação dos mesmos para somatório de reflexões do exercício da imprensa e seus reflexos na sociedade no âmbito regional”, ressaltou Menezes.
Menezes disse, ainda, que, para marcar ainda mais os 200 anos da imprensa, outros temas poderiam ter sido discutidos, como por exemplo, os 200 anos do Monitor Campista, o terceiro jornal mais velho do país.
Para o estudante Comunicação do 1° período, Gabriel Pilar, em sua avaliação, o evento foi de extrema relevância tanto para o meio acadêmico como a sociedade campista como um todo.
“A palestra de blogues como imprensa paralela foi a que mais me interessou, por ser um novo meio de comunicação, e, também porque vem sendo muito utilizado, aqui, em Campos, por profissionais e estudantes”.
Para Ciro Mariano, também estudante de comunicação, a semana da imprensa apresentou pontos positivos e negativos.
“O ponto positivo foi que o evento reuniu palestrantes que trabalham em ramos diferentes da comunicação, interagindo, assim, com diferentes ambientes da sociedade, e apresentando seus pontos de vista quanto às questões atuais e passadas. Em se tratando do ponto negativo, refiro-me aos tópicos abordados por alguns palestrantes, que se mostram inconsistentes”, disse Ciro mariano.
A AIC é uma instituição que não tem mais espaço nas relações sócio-políticas campistas. Possui poucos jornalistas associados ao órgão e tem passado por dificuldades financeiras. A 18º Semana da Imprensa é uma iniciativa dos novos gestores para a retomada desse espaço.
terça-feira, 10 de junho de 2008
Jornalismo Etílico / 18ª Semana da Imprensa - Campos-RJ
A noite do Jornalismo Etílico, que fazia parte da programação da 18ª Semana da Imprensa, aconteceu na Taberna Don Tutti, no Parque Alzira Vargas, no dia 30 de maio.
Com um ambiente agradável, jornalistas e amigos se reuniram em uma noite fria para celebrar os 200 anos da imprensa brasileira e expor trabalhos locais. Músicas dos anos 70 e 80 foram relembradas com discos de vinis, onde o repertório variava entre Engenheiros do Hawaii, Raul Seixas, Paralamas do Sucesso e grandes nomes da música.
Estava programada para a noite uma apresentação dos Mutáveis Saralho Band, banda local que tem como principal característica, a reprodução de trabalhos literários através de uma leitura em voz alta, no entanto os ponteiros marcavam 3h da madurgada e o espetáculo ainda não havia começado.
A expectativa de público para o evento não foi atingida, porém, o frio não intimidou a animação dos poucos que lá estavam presentes.
O Professor Victor Menezes e o organizador da Noite do Vinil, Wellington Cordeiro falaram um pouco sobre o evento. Confira!
terça-feira, 3 de junho de 2008
Exposição de fotojornalismo fica na AIC até o fim de junho


Por Monique Virgíolio, Roberta Barcelos e Renata Guimarães, do 5º período de Jornalismo da FAFIC
Teve início dia 26 de maio e ficará aberta durante todo o mês de junho a exposição de fotos da Casa da Fotografia, parte da programação da 18º Semana de Imprensa, que aconteceu em Campos de 26 de maio a 1 junho, em comemoração aos 200 anos da Imprensa no Brasil. A exposição acontece no hall da Associação de Imprensa Campista (AIC) e tem entrada franca.
A exposição é composta de fotos jornalísticas que mostram violência, miséria, natureza, ação. As fotos revelam caráter policial, social e cultural de uma cidade, sob as lentes de repórteres-fotográficos atuantes na imprensa local.
“Eu sou fotojornalista por formação. Na fotografia de fotojornalismo você está sempre trabalhando com ação. Eu converso com as imagens, elas falam pra mim o que elas querem e eu vou lá e faço a foto, mas, é claro, que é preciso ter sorte também”, esclarece Aluízio Di Donato, uns dos fotógrafos participantes do evento.
Ao todo são 51 fotos expostas na AIC, com autoria de fotógrafos renomados da região, entre eles Roberto Jóia, Ricardo Avelino, Wellington Cordeiro e o próprio Aluízio Di Donato.
O zelador Josevanir Pinto foi prestigiar o evento. “É a primeira vez que vou a uma exposição de fotos. Percebi nelas a verdade do cotidiano sendo apresentada por fotógrafos da nossa terra que eram desconhecidos por mim”, disse ele.
A Associação de Imprensa Campista têm como presidente Orávio de Campos e como vice Vítor Menezes, ambos também professores da Faculdade de Filosofia de CAmpos. Segundo Menezes, a semana correspondeu às expectativas dos organizadores e exposição de fotojornalismo foi uma iniciativa bem-sucedida. “Eu já conhecia a exposição e fico admirado pela sua expressão artística que nos provoca incomodo, desconforto, nos tira do olhar viciado”, opinou.
Menezes lamentou, entretanto, que a Semana da Imprensa foi pouco divulgada. “A AIC sobrevive a duras penas e conta apenas com mídia espontânea e, assim, não consegue atingir muita gente.”
Palestrante critica imprensa que esconde fatos

Por Thaís Bereta e Nícholas Sampaio, 5º período de Jornalismo da FAFIC
No último sábado, as pessoas que não conseguem se ver longe dos livros — e da cultura, de uma forma geral —, puderam conferir a abertura da V Bienal do Livro de Campos. No espaço da Fundação Rural, aglomeraram-se públicos diversos, como vêm acontecendo nos primeiros dias da feira literária. Embora a presença do escritor Carlos Heitor Cony (que daria uma palestra no primeiro dia) tenha sido desmarcada, outros nomes figuram na programação do evento.
No domingo, por exemplo, quem pegou o microfone no espaço do Café Literário foi o escritor e jurista João Luiz Duboc Pinaud, para falar de “Imprensa, poder e sociedade”. No mês em que se comemora o Dia Nacional da Liberdade de Imprensa, Pinaud fez jus ao título de sua palestra: falou dos fatos que não são televisionados, numa crítica à imprensa alimentadora das elites. Do debate, participaram os professores e membros da Academia Campista de Letras Orávio de Campos e Fernando da Silveira.
Logo no começo da palestra, o escritor alertou a platéia: “Sou um militante de esquerda”, foram as suas palavras. E foi com essa idéia, com esse fio condutor, que Pinaud comandou o debate. O niteroiense autor de “Tempo de Família” (1985), citou, por exemplo, fatos que acontecem no Haiti e que caem no desconhecimento do público.
— Que imprensa livre é essa que não mostra o que acontece no Haiti, onde matam-se pessoas que tenham mais de um metro e sessenta? — indagou (-se) Pinaud, relatando ainda um episódio que vivenciou no Rio de Janeiro. “Fui num morro para checar as denúncias feitas contra o Caveirão. Isso às oito da manhã. Me encostei-se ao balcão de um estabelecimento e a atendente pediu para que eu me afastasse. Quando olhei, o balcão estava cheio de furos de bala. E a jovem me disse que, às seis horas, o carro blindado havia passado por ali e metralhado todo mundo”.
Esse episódio, de acordo com Pinaud, é só um dos muitos que acontecem no Brasil e no mundo que não são relatados, que não chegam ao conhecimento do povo.
— Você não fica sabendo das atrocidades que estão sendo feitas. Você não sabe das mães no Haiti que, não tendo o que dar de comer aos filhos, os alimentam com terra envolta e frita em gordura. Ninguém fica sabendo disso. Não há imprensa alternativa para denunciar. Imagine se a imprensa local, de cada lugar, pudesse noticiar esses fatos! Algumas pessoas acham os meios alternativos uma carrocinha em meio a uma autopista. Mas é uma carrocinha numa autopista! — defendeu o palestrante, confirmando sua visão política já anunciada no início da palestra e arrancando aplausos incessantes da platéia.
Nacionalismo, coronelismo e críticas ao neoliberalismo foram aspectos componentes do debate. E foi a imprensa envolta (e inserida) nesses “ismos” o tema central das discussões. Pinaud apontou a Internet como alternativa à não-popularização dos fatos, através dos blogs e páginas de conteúdo livre, o que ele classifica como “um subsistema contra o poder”. E sintetizou, emocionado:
— No mundo contemporâneo, essa é a luta — a de fazer algo que o poder central seja contra. Todo exercício de liberdade encontra, do outro lado, a opressão. A imprensa livre é a imprensa que está ao lado do povo.
segunda-feira, 2 de junho de 2008
18ª Semana da Imprensa
O pesquisador através das imagens mostra as diversas modificações que aconteceram em Campos ao decorrer dos anos, que acarretou na degradação do patrimônio histórico. A partir daí a palestra começou a perder o foco central, pois o professor deixa de falar sobre o patrimônio histórico e começa contar a história de Campos, e também da fotografia desde sua chegada ao Brasil, explicando alguns processos e também a técnica utilizada.
Ele comenta que as ruas do centro da cidade tiveram que sofrer grandes modificações para se adaptar aos avanços da sociedade, até ai o tema estava sendo tratado corretamente, mas depois ele começa a contar a história e não explicar as modificações que ocorreram.
Após palestra foi aberto o espaço para o debate, onde nenhuma pergunta tinha haver com tema da palestra. O público presente fizeram perguntas pessoais ao pesquisador e também sobre a história do Barão da Lagoa dourado e do Liceu.
Isso mostra que a palestra de uma forma geral fugiu muito do tema e acabou caindo mais para questão histórica da cidade. O professor mostrou ser um grande conhecedor do tema e também da história tanto da cidade como da fotografia, e devido a esta gama de conhecimentos acabou se perdendo a direção da palestra.
Mas apesar disso as pessoas que estiveram presentes no hall do Liceu podem até não ter aprendido muito sobre o patrimônio histórico, porém obtiveram outros ensinamentos muito importantes sobre a história, através de explicações sustentadas por imagens antigas ajudaram bastante no entendimento do público.
domingo, 1 de junho de 2008
Análise crítica do debate: Jornalismo Campista em tempo de crise.
Liberdade de expressão significa a possibilidade de exteriorizar o pensamento, uma idéia formulada sob determinado assunto. Porém ela esbarra na visão de mundo de quem a produz, já que vem pontuada de conceitos, pré-conceitos, cultura, ou seja, todos os agentes diretos e indiretos que de alguma forma interferiram na formação dessa pessoa. É difícil escrever algo, sem passar pelo crivo das nossas experiências pessoais, de nossa visão de mundo. Daí o perigo das informações tendenciosas, formativas de opiniões.
Dispomos de uma certa liberdade para discutirmos assuntos polêmicos, dentro de escolas e universidades, por exemplo e isso é muito bom. Destacamos um ponto importante onde percebemos que a imprensa nunca a discute, ela nunca fala de si própria. Um jornal tem que ter responsabilidade social, não pode ser uma empresa qualquer. Precisamos destacar também a necessidade de existir a ética no jornalismo, que podemos denominar como o que é bom para o indivíduo e para a sociedade, contribuindo para estabelecer a natureza de deveres no relacionamento indivíduo – sociedade.
Dessa maneira posso concluir que na minha opinião não só o jornalismo campista vive um tempo de crise, mas sim faltam aspectos importantes não só nos jornais, mas na imprensa de um modo geral, como a ética. Precisamos distinguir o certo do errado, e isso nem sempre é fácil, pois como um meio influente, e formador de opinião, a imprensa, de um modo geral, deve sempre se comprometer com a verdade.
Postado por Júlia Ladeira Vieira - 1º Período de Comunicação Social - Fafic/Uniflu